SAUDADE CRESCENTE
(Jairo Nunes Bezerra)
Solitário vegeto pelas ruas desertas,
A lembrança de ti se perpetua...
Sinto o sofrimento quando a saudade aperta,
E sôfrego regresso à rua!
O mesmo caminho vai sendo percorrido,
Transportando o meu coração saltitante,
De ti não mais afagos... Foram esquecidos
E o poeta se torna isolado andante!
Meus pobres versos circulam tristonhos,
As minhas fantasias viraram sonhos,
E meu regresso é vexatório!
Tudo se foi até os teus beijos ativos,
Dos quais sempre fui cativo,
E nosso espaço foi-se... Virou velório!