Morrer por Amor
Vinha na maca suja de sangue e fezes
olhos revirados córnea branca
a palidez da morte se insinua franca
como uma onda tênue, lenta e triste
Na sordidez do vinho todo seu mistério
na insensatez de homens pelo seu domínio
mantendo vícios e o seu negro império
a morte continua seu tomar eterno
Marcando transição a todo o meu destino
no peito estranhamente eu vejo sorrindo
um talho escuro, denso, borbulhante,
infindo
e gritos que vibram no silencio
a morte retrata o semblante
daqueles que restam vivos
Inexiste acordo entre homens e feras
o que hoje é caça amanha caçador
neste palco de desgraças e de horror
é o que resta a dizer...
ele apenas. . . morreu por amor!
Alexandre