Enviado por | Tópico |
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Branca | Publicado: 17/08/2016 11:35 Atualizado: 17/08/2016 11:35 |
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Re: Divórcio
Gostei muito do poema, resume na divisão dos objetos e ações do cotidiano o fim de uma união.
Parabens. Branca |
Enviado por | Tópico |
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RicardoC | Publicado: 17/08/2016 11:48 Atualizado: 17/08/2016 11:48 |
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Re: Divórcio
Entre perdas e danos, o divórcio é uma experiência que reúne os mais contraditórios sentimentos. Há um excesso de passado diante de um futuro vazio.
O teu poema, Rai, apresenta esse momento com delicadeza ao descrever a partilha de um espólio romântico. Tudo o que restou de simbólico a expressar duas pessoas como um casal que que deixa de ser. O que fazer com tatuagens? Como devolver abraços? A afetividade e a cumplicidade dão lugar à distância. O poema não responde. Não precisa responder. Apenas salienta a sensibilidade aguçada desse momento no qual a leveza das coisas e o silêncio dos motores se torna notável. Ainda no automóvel (a distância a ser estabelecida, de facto, demanda meios físicos...) o poeta para no meio do nada e deixa os faróis acesos para contemplar o tempo na poeira suspensa diante dos fachos de luz sobre o asfalto. Isso é o fim. Autobiográfico ou não, o poema descreve esse conflito de sentimentos sem raiva ou culpa. Não há acusações, lamentações ou violências. Destaco: "quero respostas úmidas, gravadas nas toalhas." Que coisa delicada: vestígios de choro como meio de comunicação de sentimentos! Abraços, RicardoC. |
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