Há barcos ancorados
no cais da minha solidão
que na verdade estão parados
por não terem coração.
E para meu desespero
como a vida está parada
estou parado eu no medo
e a minh'Alma não tem nada.
E cai a noite levemente
como cai o nosso Amor
junto aos barcos para sempre.
E eis que deixo o coração
junto aos barcos ancorados
no cais da minha solidão.
Richard Mary Bay
"o Último Romântico"