Querida lua,
Deusa de todos os séculos,
mãe da luz,
do universo além dos corpúsculos.
Adorada minha,
aurora de todos os lobos,
rainha das estrelas,
que dança ao som dos contos.
Doçura é teu silencio,
a fala aos que não ouve,
que te escondes na visão,
dos vivos que te aprouve.
Dona da santidade,
escrava da compreensão,
noiva aos que chora saudade,
deste mundo sem razão.
Guia do teu alfa,
caminho da vida eterna,
mão da grande escritura,
dos apelos aos que em ti penetra.
Gratidão em que dás,
aos animais que te louva,
pena, pêlo e pele,
e até os ventos nasce entre Ajoujava.
Lua cheia antes nova,
lunação do infinito,
senhora da nostalgia,
deste templo que será finito.
Hugo Dias 'Marduk'