Quando o silêncio bate à porta asseguro-me feliz
das leves brisas que teu perfume importa
soprando em convergências
sem demais interferências
do tempo varrido no restolho de uma
fogueira ainda crepitando nos ventos
Enquando o silêncio bate à porta
empunho todas as emoções
enamoradas pela beleza
do silêncio
sangrando em nossos corações
Faço juras de amor em cada momento
fraterno e desejado
Rompo fronteiras só para te ver
nunca padecer de saudades
Faço-me espelho
teu reflexo puro
decifrado na ciência arquivada
na biblioteca repleta de alegria
com histórias de amor e poesia
Quando o silêncio bate à porta
reajo imune a esta lenta
sofreguidão implícita em todos
os tons da cor num eco imortal
fundindo nossas alegrias passageiras
devoradas em tantos famintos
actos encastrados num único adeus
que agora enfim já pressinto
Quando o silêncio bate à porta
sinto só admiração no fulcro
das palavras belas
perdidas no labirinto do tempo
onde antes dividimos
gargalhadas incontáveis
sorrimos graciosos
a cada soluçar por instinto
penetrando de assalto
cada nobre existência que se
extingue
cingida de paz
simplesmente
inteiramente
voraz
FC