Reflectes as estrelas quando não estão,
um segundo céu ao escuro,
o azul do verão,
que nesta tua paixão perduro.
De ti vejo o saudável,
às conversas que me atingiste,
é de ti em que eu dedico este poema,
pela minha dor que levaste e fugiste.
Ele é mar o espelho,
de todos nós,
é dele que vem a serenidade,
para mim e todos vós.
Das suas ondas cresceu,
o manto de seus inquilinos,
o ser vivo em que nele habita,
alimentando o nosso ser faminto.
És a companhia da solidão,
o desabafo de um ser contido,
ao silêncio que ouves,
de uma voz que por ti foi prometido.
Foste a fúria na terra,
e a simplicidade de uma vida,
renovas toda a esperança,
por toda a luta que foi perdida.
Também na tua força,
derrubas os corações,
sabemos que é a renovação do mundo,
que não será de mas intenções.
Senhor da tempestade,
estrada para quem rema,
uma viagem de todas as almas,
dos que viajaram sem leme.
A doçura que escondes no teu salgado,
a monstruosidade no teu poder,
aos sortudos do teu doce sentir,
apenas aos que contigo voltou a reviver.
Intocável o teu cheiro,
o indomável da tua cura,
não existe melhor pensar,
que sentado junto a ti em pedra dura.
Do tanto que nós podes dar,
na tua enorme beleza deste tempo de guerra,
agradecido é teu véu azulado,
da nossa mãe terra.
Hugo Dias 'Marduk'