Salva-me de mim
Mulher que carrega o perfume da perdição
Esposa da noite,que flerta com a ilusão
E faz amor com a solidão
Mergulharei em teu poço de lágrimas,
Doces,amargas e salgadas
De todos os tipos e de todas as datas
Chuva de granizo que te machuca e te arraza
Mapearei,a tuas saudosas e calorosas curvas
Enquanto cavalga em meu território
Entre falsos orgasmos mais vazios
Que a própria imensidão do meu coração refletidos em meu olhar
A beleza da enganação,o poema da carne
Que insiste em expiar as mazelas de m' alma
Na base do flagelo,estereotipando o medieval
O prazer é um pecado e o pecado a enganação
Soaria engraçado,verdadeiro
Não fosse o fato de sentir a mentira dominar meu coração
Desperta-me
O sentimento da ternura
Pois verdadeiro amor parece muito a se pedir
Em tempos de descartabilidade
Tempos de ausência de essência
Tempos de felicidades vazias
Carregue meu herdeiro
O que haverá de despertar em tempos mais confusos
E chorará mais lágrimas vazias que eu
Filho de uma terra confusa e ferida
Que nunca conheceu a cura
O verdadeiro amor,que nos tirou de nossa individual solidão