Vejam agora a mudança do mundo
Os jovens agora vivem no submundo
Não há mais o próximo, respeito, acabou-se tudo
Vejo agora crianças se beijando
Vejo agora crianças se abraçando, entrelaçando
Garotas perdendo a razão
Pais entrando em depressão
O corpo deixou de ser um templo, eu acredito
Mas não se importem comigo
Estou apenas descrevendo
Dessa maneira, pelo menos, não estou vivendo
Agora olhando pela rua, estou aprendendo
Garotos no crime se envolvendo
Fotos nuas espalhadas entre os celulares
Cenas já muito vistas, se tornaram populares
Se tornou um assunto popular
Então não é preciso aprofundar
Mas o mundo também melhorou
Mas ainda não se curou
A discriminação ainda não acabou
Quem sabe um dia, talvez?
"Vendo agora, estou velho, sei disso
Vejam, sabem o que é isso?"
Será essa a minha fala daqui a anos?
Onde, para mim,tudo se tornará mediano
Não quero me transformar em alguém sem sorriso
Afinal, da minha alegria, ele é o motivo
Se tornar um inativo depressivo
Ingerindo remédios para me aguentar
Aprisionado em um lugar que chamam de lar
No asilo, acorrentado na solidão
O vazio em meu coração.
O mundo está cada vez mais violento
Gostaria de saber o que tudo isso está valendo
Mas não estão combatendo
Tendo muitas dúvidas a resolver
Estou aqui somente para dizer
Que a cada nova dúvida, uma coisa consigo entender
Nossos problemas não podemos esquecer
Muito pelo contrário, devemos lembrar e resolvê-los
E com aqueles erros do passado, convivermos
Este é o mundo em que nasci
Até o momento, nele sobrevivi.
Meu pai me disse que no seu tempo não havia tamanha maldade
Porém hoje vivemos em um mundo cercado de crueldade
Abrimos os olhos e vemos morte em volta da cidade
Pois é, acabou-se a humanidade?
Talvez não temos a capacidade
Sabemos o que é certo e errado
Mas continuo olhando para o mesmo retrato
Imagino queimar a maldade, assim como o seco mato
Com isso tudo, estaria acabado
Teríamos a paz e sossego do nosso lado
Com mais um pensamento vago
De mais versos, formo mais um quadro
Provavelmente nada escrito aqui fará sentido
Foi só algo, por mim, tido
E no papel fora descrevido
Tudo aquilo
Não és conteúdo para um livro
Novamente a folha do caderno, viro.