PENA D'ÁGUA
Um filete brilhando ao sol qual prata...
A água da mina sua em pedra fria
E desce à minha casa, noite e dia:
Herdade dando fé lavrada em ata!
Nascente ao pé da serra; d'alta mata,
Ao vir canalizada até a pia
Traz-me beijos de ninfa... Amor!... Poesia,
Que o nó pela garganta me desata.
Mas, lava-me corpo e alma, generosa,
Quando me apraz a ponto de trazer
De volta a fé na vida ao apenas ser.
Sê-me refrigério, água dadivosa,
Ao levar minhas lágrimas p'la rua,
Até me deixar limpa a pele nua.
Betim - 02 08 2016
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.