Fecho-me na solidão,
na melancolia só minha sem repercussão,
quando com tua alma te estreitas mais perto,
e sinto medo que não possa mais sair
qual condenada a sobrevoar áridas dunas de desertos,
a pairar eternamente sobre os abismos da ausência de ti.
Infelizmente estou tão envolvida,
engasgando com os sentimentos que não me ditas,
admirando-me da futilidade da tua alma confrangida,
nos poemas, nas canções desconhecidas não escritas,
quando insidiosa diz que estou te perdendo.
Não queria ter que me ver neles assim escrachada,
mas confesso que ela terá todo o mérito me vencendo,
dia após dia... noites após noites insones, em desespero,
de tudo... de tudo que nos resta, isso é que soa a cada vez mais verdadeiro.