Hoje me pego mais pensativo que antigamente
Não esperava por isso, sinceramente
Mais tempo passo a escrever
Procurando uma forma de me entreter
Buscando em cada palavra escrita, alívio
Hoje é assim que eu vivo
Aquele peso, com o conjunto de versos, tiro
Esse tempo para relaxar eu necessito
Não sofri nada ainda que o mundo tem para me dar
Então não considerem como "drama", o que estou a contar
Estou vivendo uma vida robótica
Mas antes fora uma vida caótica
Vendo agora, isso não possuí lógica
Rastreando uma forma de me alegrar
O materialismo preenche o meu lar
Trazendo-me alegria quando precisar.
Sei, "não se apegue ao material"
Mas não fora algo intencional
O que resta ao garoto ausente?
Sem nem mesmo ter contato com quaisquer parente?
Não estou dizendo que estas carente
Porém, está só, obviamente
Não julguem, por um aparelho, ele optar
Não há alguém à quem se comunicar
Não há alguém à quem se expressar
Essa é maneira para se distrair
Consegue, por alguns instantes, me fazer sorrir
Por instantes, me divertir
Até, de certo modo, interagir
Foi isso que eu vi ali.
Há tantas coisas que não entendo
São poucas, as que compreendo
Estou sempre aprendendo
Enquanto vou vivendo
Me encontro perdido? Sim
Porém,não sei por que estou assim
De mais nada já não estou afim
Mas sei que é apenas uma fase
Seria "coisa da idade"?
Não, é uma simples tempestade
Vou aguentar, tenho aquele força de vontade
Restaurada, revigorou a minha mente
Mesmo não estando totalmente crente
A tempestade ocorre na vida de muita gente
Admito, é uma "fase" bem impertinente
Tudo bem, irei seguir em frente.
Começo a entender o real motivo de tudo isso
O que acontece não é nada que eu já tenha visto
Mesmo que já tenha assistido "A Paixão de Cristo"
Me encontro bem mais triste, chateado
Agora eu sei, me vejo abalado
Trancafiado
Com o sorriso enjaulado
Encontrarei a chave para o libertar
E, somente nesse momento, irei voltar
Ao palhaço que era no passado
Ele está preso, mas não acabado
Ainda há esperança para o pobre coitado
O palhaço que eu gosto tanto.