Poemas : 

Soneto da palavra empenhada

 

Aos olhos ponderam-se quais átrios estruturais,
a soer espectro conjuntura de estrépito fracasso;
joguei o jogo qual obedecia às regras tão formais
risos percebiam-se no emaranhado do peito lasso.

A recusar-se aderir à peleja clara pugna de animais,
acreditei não haver maior mentira há muito tomada;
não anuiriam outros se estivesse certo por demais,
porém na liça rude quebrada a lança adrede alçada.

Pensares esses do verbo formal substituídos jamais,
reputado todo perdão havia para ele o certo prazo,
empenhada a palavra foi atraindo às lides ancestrais.

A dizer que foi mero equivoco a não ser crasso erro,
afora a palidez das faces rijas a pouca dúbia deu azo,
e então correu... pálido, esquálido qual figura do enterro.

 
Autor
ReflexoContrito
 
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