Venha brindar comigo a brisa fresca do outono,
Viver a dois nossos sonhos misturando nossas salivas,
Deitando no mesmo leito e os nossos corpos imperfeitos,
Se fundindo em suas ranhuras, nos divertindo no pecado,
Ouvindo ao nosso fado gozando nossas delicias,
E antes do cantar do galo, tu faz sumir o meu falo,
Sugado por vossos desejos, e depois do orgasmo duplo,
Nem mesmo o santo sepulcro terá o poder da magia,
Pois fomos mais que autênticos seguimos nossos intentos,
E amanheceu mais um dia.
Diante das tuas promessas eu estou edificando,
Nossa futura moradia, pois contigo estou contando,
Eu escolhi um ambiente que possa agradar a gente,
No quesito fauna e flora onde o ar seja abundante,
Para que a todo instante possamos ficar aqui fora,
Olhando os astros em festa e as orquestras das florestas,
interpretadas pelos pássaros, ao longe os lobos uivando,
E as maritacas passando em revoadas incontáveis,
Conversando entre si na copa das árvores os sagüis,
Comendo as suas sementes, e ali no pé de mamoeiro,
O sabiá e o sofreu fazendo a sua disputa,
Enquanto a gente se recolhe e em teus braços tu me acolhe,
E me leva ao nosso leito e trocando beijos e carícias,
Não demora a gente viça, e o tesão nos fica afoito,
Sem fazer muita maçada nossas salivas são trocadas,
Em mais beijos longos e doces e tu diz ó meu patrão aqueça o meu coração,
Me penetre sem piedade me diga com voz melosa,
Que sou apertada e gostosa a quenga com quem sonhavas.
Enviado por Miguel Jacó em 28/07/2016
Código do texto: T5712307
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Miguel Jacó