Poemas : 

Desde o terceiro sinal

 



Um poema de Miqué Di L'Atrólloggus


Desde o terceiro sinal,
antes do ponto final,
deuses encanecidos,
de cabelos longos,
balançam as caudas,
agitam penas.
Descem dos céus
em romaria,
ao som de sinos
tocados das estrelas
pelos pastores da noite.

[...Depois
do silêncio,
anjos
de pedra
fumam
escondido
em volta
da lareira.]

Talvez ventos dispersem
a aparência
de esboço de meteoros,
miniaturas de ilhas
salpicadas de mostarda,
esparsas em terrenos baldios,
ocupando lugares insalubres,
excedendo o tempo regulamentar
das aulas após a chuva.


[...Da janela,
qualquer
um
pode
ver
dentro
de
si,
como
se
olhasse
ao
longe
montanhas.].


Esboço de meteoritos em miniatura
caídos em terrenos baldios insalubres,
segundos depois do terceiro sinal
de um ponto final repleto de candura.




 
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