O céu perdia o azul.
A tarde rasgava as folhas
como se fosse outono.
A sombra dos sonhos
borrava as lágrimas.
O tempo desbotava a blusa
da mulher eventualmente
casta e tímida.
A mulher que sou,
um dia renascerá
nas telas expostas
no Louvre.
Serei a musa nua
no meio das tintas
no ateliê de Rembrant.
Poemas em ondas deslizam nas águas.