“No meio da escuridão surge ela
Como um anjo negro iluminada pela lua
Numa visão tão divina e tão bela…”
Destinado ao sofrimento eterno
De pensamentos sombrios
Traído pelo seu sorriso seráfico
Que me sentencia ao inferno
Dos seus olhos negros frios,
Sujeitando-me a esse amor trágico.
A escuridão do simples vazio
Faz-me querer agarrar essa luz
Que me vicia como uma maldição.
Procuro o seu cabelo longo e macio
Que me enlouquece, cega e seduz
Como um veneno para o coração
Petrificado pela sua tez clara
Agarro-me a cada segundo
Nesse abraço mortal e gelado
De Amor e ódio, enquanto se prepara
Para escurecer o meu mundo
Ao qual estou condenado…
José Coimbra