Alegoria
Então viveu como morreu
na fronteira da loucura
em um silencio absoluto
não choraram as carpideiras
não houve nem mesmo luto.
Não havia flores.. nada havia
nem mesmo uma lúgubre toada
no céu até a lua se escondia
e não era nem ainda madrugada
no estertor daquela noite fria.
Inevitavelmente era um adeus
sem que houvesse algum sentido
seu traço fraco foi desaparecendo
em seu derradeiro abrigo.
Há uma cálida nuvem que ali flutua
na alegoria da morte feito cinzas
é quarta feira e morreu às mínguas
e
a morte resolveu esconder a luz da lua.
Alexandre