Agora, mais que nunca,
é preciso cantar-te, "Porta dos dois mundos".
Mais que nunca, é preciso cantar-te,
pois eis que as hordas fascistas
atendem ao uivo da cadela brechtiana
e se arrogam o direito de solapar
a tua democracia, a tua história,
o teu encanto e a tua poesia.
Cantar-te é preciso, homem e mulher de Istambul,
cujos peitos enfrentam a metralha
dos psicopatas travestidos de "mantenedores da ordem",
para que não pereça em suas sórdidas mãos e intenções
a grandeza que o Poder se reveste
quando quem lhe outorga é o seu único e legítimo possuidor:
o povo que faz a nação.
Toda solidariedade ao povo turco.