Pelo jardim tão soturnas passadas,
entre argênteos reflexos do luar,
remansos de saudades perfumadas,
flores exalando o aroma sem par.
Uma gardênia exuberante em flor,
memórias tão antigas despertou,
em melancolia meu peito tornou.
Diria ser uma flor tão sensível,
espalhando tal aroma aprazível.
Gotas do orvalho então recentes,
alegres transfaziam nesse cenário,
recordações tão doces e frementes,
do meu peito em precioso relicário.
Então, de repente a crua realidade,
não deixou prosseguir o madrigal;
intensa acenou maliciosa a saudade,
amor banido fez na alma memorial,
sentindo naquele aroma ledo sinal .
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Re: Perfume de gardênias
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