Olhos tristes, magoados
d'uma tristeza sem fim,
lábios feridos, macerados
que me recordam de mim!
Que destino de condenada
que prisão em liberdade
da Princesa sem nada
enteada da saudade!
Nasceu do que não medra,
do que vai de mão em mão.
Ai, pobre coração de pedra ...
Pobre filha do cansaço
foi parente da solidão
sem destino nem passado ...
P.S./Para Florbela Espanca, minha grande inspiração, na arte de sonetar.
Richard Mary Bay
"o Último Romântico"