Poemas -> Introspecção : 

A esperança (Emily Bronté)

 
Open in new window

Esperança, amiga insegura;
Sentou-se fora do covil,
Para ver a mim e à ventura,
Como um ser egoísta, vil.

No seu temor, como foi má;
Entre os grilhões, dia sombrio,
Olhei para fora e a vi lá,
Sua face fez um desvio!

É vigia, falsa entretanto,
Mas na luta por paz cicia;
Como cantava no meu pranto,
Se a ouvisse, Ela emudecia.

Falsa e impiedosa, a Esperança;
Quando as alegrias rolaram,
Contrito, até o Pesar viu as lembranças,
Que ao meu redor se esparramaram.

Esperança, se sussurrasses,
Trarias alívio aos meus ais,
Ao Paraíso, voo alçaste,
Partiste, para nunca mais!

Emily Bronté (1818-1848), escritora e poetisa, autora de "O morro dos ventos uivantes".
Este poema foi traduzido por Renata Cordeiro.

Imagem do Filme "O morros dos ventos uivantes".


 
Autor
AjAraujo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
975
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.