Caídas no chão, morrem folhas que o vento vai levando
E cada vez que o vento sopra e as leva para longe
Renova-se o mundo nas tardes do meu olhar
O velho transforma-se em novo
Levanta-se, em frente aos meus olhos habituados
No ocaso dos dias, uma eternidade de cor e de sentidos
Antes que tudo se torne velho de novo
Quando as folhas caírem novamente no chão
Secas e velhas como pedaços sépias de ontem
Haverá sempre um Outono depois de um Verão
Como ciclo aceite na natureza de tudo
Com um vento lúcido que sopre, que as leve para longe
E devolva sentido ao mundo, a estas tardes do meu olhar.
Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.