enquanto existimos somos tão pouco, somos apenas um pouco mais do que nada, e isso é ser muito...somos o aroma que a nossa essência liberta em comunhão com o mundo...tocamos, sem realmente tocar, somos tocados, sem verdadeiramente o sermos, estendemo-nos fora de nós e do limite do que é físico, chegamos além do que compreendemos e a este alcance, chamamos sentimentos...somos o aprendizado que deixamos, o compêndio final do que fomos e que ficará no tempo, para ser lido quando não precisarmos dos olhos para ver...estamos e permanecemos agarrados à hipótese de existir sem nunca a experimentarmos, sem nunca nos testarmos por dentro...fora ela, a hipótese, somos tudo, tudo o que está fora da consciência da nossa acção e do seu alcance, todos a quem o aroma da nossa essência envolve e nos são perfeitos desconhecidos, o tudo que somos e não entendemos, e que só entenderemos, quando suprimirmos este desejo de ser a qualquer custo que nos cega o coração.
Viver é sair para a rua de manhã, aprender a amar e à noite voltar para casa.