Eu fui um lobo,
que subi lá no alto,
ao trono da magia da noite,
implantando na lua um uivo basto.
Cantei sobre o dilema de sua luz,
alcancei o meu espírito fugitivo,
vindo com sua beleza na escuridão,
me levitando além da minha cruz.
Meu olho olhando no céu da floresta,
e a agua que deu a bênção de mais uma noite,
no frio que passou por mim,
falando me ao ouvido, o quanto mais me resta.
Para gritar o meu som,
a melodia que abraça o meu silencio,
construindo um fordismo da tristeza,
um sentimento em massa feita no meu dom.
Na força da ansiedade, em que senti,
muitas vezes por dentro um coração que morreu,
até que cresceu este animal dentro do meu ser,
aprendendo a combater tudo o que vivi.
Fui triunfante na ascendência da minha luta,
ganhando esta guerra,
escondido na mística natureza,
que do meu sonho fiz ser eu próprio o cosmonauta.
Hugo Dias 'Marduk'