Sonetos : 

ALUVIÃO

 
Tags:  SONETOS 2005  
 
ALUVIÃO

Ando à cata de versos na faisqueira,
Quando um mundéu inundo de vocábulos.
Purificar verdades por diálogos,
É quanto busco aqui junto à ribeira

Após anos de lida garimpeira,
Percebo verdade e ouro quase análogos
Como douram as letras dos decálogos
As suas esperanças verdadeiras.

Tomo a pena e demais apetrechos
A achar pepitas por estes trechos
Onde rio e poesia meandram curvas.

Inútil precisar este tesouro:
Ao batear versos por águas turvas,
Escorro tudo. Ao fim, se brilha é ouro!

Betim - 11 11 2005


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
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RicardoC
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Enviado por Tópico
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Publicado: 18/06/2016 12:33  Atualizado: 18/06/2016 12:34
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Usuário desde: 29/08/2009
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Mensagens: 8560
 Re: ALUVIÃO
Nem tenho competência pra comentar tão grande poesia, querido poeta Ricardo, mas exponho o que de fato eu sinto.

Essa analogia das palavras com o precioso ouro, tão bem sinalizadas por ti, me faz refletir na condição de garimpeira mesmo, que eu sou, buscando palavras bonitas, sonoras, e pouco utilizadas para compor meus textos, como se fosse um garimpo mesmo. Fantástico!!

Te admiro imensamente poeta por compor poemas, ou sonetos, com essa riqueza bem colocada nas estrofes, produzindo beleza e sentido, tão prazeirosa para a leitura.
Digo-te com sinceridade, tu tens a poesia na alma.

Abraços e beijinhos da fã que te admira!!