PASSADO A LIMPO
Durma-se... Ou escreverei a noite inteira
Os versos que uma musa aflita ecoou!
Alta noite, decerto em mim pousou
A fria asa d'angústia derradeira...
Faz-me ouvir a notícia verdadeira
D'uma história que nunca alguém contou.
Como quando se sonha acordado, ou
Se percebe o existir d'outra maneira.
Alguém cá me corrija então se errado,
Mas essa musa têm me atormentado
Como se a mim também quisesse aflito...
Escreva-se... Comigo eu me conflito!
De mal a mal, tenho eu já por fado
Deixar a minha vida por escrito.
Betim – 07 11 2005
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.