Quero tanto ao meu cigarro
companheiro de horas mortas
é a ele que me agarro,
meu amor, quando não voltas!
Meu amor, quando não voltas,
quero tanto ao meu cigarro
ninguém bate à minha porta
solidão, dorme a meu lado!
E sinto o corpo tão cansado
como a cinza pelo chão
que mal empunho o meu cigarro
sinto, treme a minha mão!
Solidão, dorme a meu lado
que ao teu corpo não me agarro
é destino, triste fado
que me agarre ao meu cigarro!
Ricardo Maria Louro
Ricardo Maria Louro