Se apenas um segundo,
for o resto de uma vida inteira,
o que passou será um reflexo,
no nosso templo perdido.
Sempre há cidades vazias,
e o tempo recorre aos espaços de nada,
entrelaçados nos milésimos de segundos,
que caímos como seres caliginas.
Noites que foram requintadas,
numa inquietude desperdiçada,
quando o sol acendeu a luz do dia,
foi mais uma escuridão de lágrimas despedaçadas.
E, as chuvas que ecoa,
no vinho que saboreou o nosso sangue,
é destes estigmas,
que a dor para mim e para você, não perdoa.
O mar faz ondulação,
como a pele vai enrugar, num antigo
jovem, que antes foi rude,
e nele guardando, o bem e o mal em sua ilusão.
De tudo que sonhou e não alcançou,
sei que o tempo se perde, como a esperança,
morre antes do ultimo suspiro, mas,
o universo sabe que fomos homens que desejou.
Quem reza a Deus, no fundo sabe que ele,
é um império de fragmento ganancioso,
um parceiro de estropia, explorando vocês próprios,
a um pântano de carnificina, e se julgando saudoso.
Não sou a frase de vocês ou de mim,
Não sou um verso para mim ou para vocês,
não seremos uma poesia resignada ao bem,
mas seremos um capitulo com um fim.
Hugo Dias 'Marduk'