Em algum lugar distante
aos pés de montanhas,
num país tão conturbado,
de fronteiras não delimitadas,
correm lentos os dias
para os homens na vida amarga,
as mães de luto fechado,
pelos filhos mortos no combate
enfrentam profundas dores
e proferem orações
Quando é o momento
dos filhos partirem
vertem lágrimas
desfiando os rosários
perseguindo ícones
para livrarem-se do pecado,
talvez possam acender
velas para que as almas
tenham paz, ganhem o céu.
Escuso
tais privilégios,
mesmo que alguém
ore por mim,
objetivos
devem ser tomados,
deve haver
luta anterior
para que não sejam usurpados.
Afinal,
penso ou,
que iria fazer
num céu
pelo qual não lutei,
lugar que não conquistei?