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FANTASMAS DAS RUAS

 
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Fantasma das ruas

Por favor, olhe para mim amigo,
Veja e sinta o meu sofrimento.
Sabe, a rua tem sido meu abrigo,
Como e durmo , amigo, ao relento.


Mas nem sempre vivi nessa vida
Minhas roupas não eram rasgadas
Olhe, passei a provar dessa comida
E precisei andar de mãos estiradas.


Às vezes a saudade bate em meu peito,
Penso na vida que está lá no passado.
Nela eu não caminhava desse jeito:
Sujo,faminto, doente e desprezado.


Veja como estou idoso e vivo doente,
Venho clamar por sua compaixão.
Sabe, acho tenho alguns parentes,
Sou velho não me querem, irmão.


Agora sou um fantasma das ruas
Sofro por me enxergarem assim.
Quero apenas umas migalhas suas,
Por favor, olhe um pouco para mim.


Por que você me apedreja, amigo?
Quero apenas um pedaço de pão.
Olhe, sou apenas um velho mendigo,
Pedindo-lhe um pouco de compaixão .

Lucineide


A poesia corre em meu sangue
Como a água corre no rio
Sem ela sou metade de mim
Meu nome é fruto de poesia.





 
Autor
Lucineide
 
Texto
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