<font color="#CC3300">*A Mulher no Cotidiano*
Estamos chegando na semana da mulher! Não. Todo dia é dia da mulher, destinada a colher a semente, regá-la durante nove meses, colher o fruto sem reclamações ou despreparos para a árdua missão.
Uma missão de grande responsabilidade sim. A natureza fez o projeto uterino, o prazer sem controle, “os animais são mais civilizados, somente no cio lhe é dado a arrancar as rédeas do prazer”.
Então! Por todo esta oferta ao comando da vida sexual, em liberdade, é que a mulher deve trazer ao mundo os rebentos que estejam ao alcance do seu poder de regimento e educação, para que as águas do rio não sirvam de leito, ou a caixa de sapatos, de berço para sua arte, a criação, na perpetuação da espécie. A prole.
Educar a prole! Que tarefa! Educar para ser bons cidadãos, manter a família em equilíbrio emocional e financeiro, estreitar os laços de amor com o consorte, apaziguar inesperados conflitos existenciais no lar ou mesmo das intemperanças do cotidiano. O sorriso sempre para os amigos, os grupos sociais, onde freqüenta, trabalho, caso a necessidade a obrigue ou por realização profissional. Mas, em nome do progresso e do status social ou mesmo da liberdade financeira, a mulhar quer autodomínio e autoridade, que o dinheiro exerce na satisfação e realização feminina.
Mas, a mulher humilde, pode ter todo esta força, abrir a cortina, aparecer no palco, apresentar a peça, superar obstáculos, ganhar o público e ainda sorri com os aplausos? Analisando esta classe desprotegida e com todos os direitos acima citados é um paradoxo sem limites. E vemos as estatísticas no cotidiano de pedintes, drogados, assaltantes, desequilíbrios emocionais e crimes de toda espécie.
E nas famílias de classe média e alta, também existem crimes e drogas, em menor escala, evidente, devido a menor taxa populacional. A consciência da mãe aflita questiona-se. Onde errei? Plantei, semente, colhi o fruto deteriorado. Reprodutor de péssima seleção? Terra mal adubada? Reguei com água poluída? Herança genética? Ou a criança é um papel em branco, sendo produto das bases familiares e de uma sociedade que também condiciona, impulsiona as mudanças sem regras, sem um sustentáculo, para o aprimoramento de uma espécime mais equilibrada na linhagem das condutas? Difícil missão.
Então a mulher escrava do seu papel de mãe, educadora, sujeita a erros e fraquezas é ainda a redentora do lar, o sustentáculo da família, o pedreiro que dosa a massa com todos os ingredientes resistentes para que o alicerce não desabe ao primeiro tremor de terra.
Louvo a mulher pela grandeza do seu espírito empreendedor e laborioso. Que a nossa mão espalmada esteja sempre aberta entregue ao parceiro e filhos nesta luta eterna do sem fim, e o abraço seja a emoção diária ao retorno do lar.
Sogueira</font>
Livros Publicados:
- Por Justa Causa - contos
- Nas Entrelinhas (200 sonetos)
- A Pequena May - juvenil
-Datas Comemorativas em Poesias
-Eu Poesia, Contos e Crônicas
-No Reino de Sininho, infantil
- A Janela Azul
- Contação de História Infantil...