CHUVAS SUCESSIVAS
(Jairo Nunes Bezerra)
Ante a chuva que se precipita no meu espaço,
Encharcado tento abrigar-me na proximidade...
Valorizando-a o vento vem ao meu encalço,
Esquivando-me aumento a minha celeridade!
O abrigo próximo promissor foi conseguido,
Mesmo continuando molhado feliz me senti.
Com ativado cuidado evitei ser perseguido,
E vi circular água que com bravura resisti!
Acontece sempre quando estou ao te aguardar
E crescente vigora o desejo de te amar,
Nas longas e enegrecidas noites do meu céu!
É quando taciturno torno-me mais solitário,
Desejando ter-te nos meus aconchegos diários,
Perambulando passo a passo sempre ao léu!