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Margô_T | Publicado: 13/08/2016 08:23 Atualizado: 13/08/2016 08:23 |
Da casa!
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Re: Espera.
Espera-se…
aguardando a passagem para um não-lugar, para um tempo-lugar sem luz. E, enquanto se espera essa passagem para “o outro lado do espelho”, medita-se no futuro, no que nos inspira e adorna o presente, e no trajecto que se fará. O trajecto quer-se “sem penitências” porque o tempo é curto e, quanto menos malogrados estivermos, melhor viveremos durante o mesmo. A inspiração quer-se térrea, sem “ídolos” ou “musas” que nos façam ter ideias erradas daquilo que podemos ter/alcançar ou daquilo que precisamos. Sendo preferível ouvir o “silêncio” a dar ouvidos a estas formas falsas de sobre-vivermos, venerando seres inexistentes ou imagens filtradas de seres existentes. Se na “curva da estrada” há, ou não, “outro mundo” isso não importa, já que não chegaremos lá. Ora, se lá não chegaremos é porque não há “curva da estrada”… não importando, por isso, que se seguirá. O final do poema, mais dúbio, lembra-me o Big Bang, a explosão inicial. Essa explosão traz vida e, ao trazer vida, traz também morte - sendo madrugada e crepúsculo em simultâneo. E como falamos de espelho e de explosão, a presença do que vive vai sendo reflectida após o crepúsculo… como eco. |
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