Ando por uma estrada sem rumo
Com a solidão a me fazer companhia.
As densas florestas ofuscam o brilho do sol
E não vejo a luz do dia.
Tropeço em algumas pedras na jornada
Pois meus olhos não contemplam o alento
A caminhada é fria e solitária
Que nem aos cantos dos pássaros
É possível estar atento.
Meus olhos choram essa triste ilusão
De acreditar na eterna felicidade
Pois os caminhos nem sempre são de flores
E os espinhos revelam uma sinistra saudade.
Meus passos são indecisos neste caminho
Porque nele não encontro segurança
Seus olhos não contemplo na distância
E perdi do coração toda esperança.
Caminhos tortuosos e solitários
São o que restou para os meus passos
A partir do momento em que foste embora
E não mais senti o calor dos seus braços.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense