Sonetos : 

Soneto das bestas vorazes - “et mala bestia “

 



Ora a ter ternamente no orbe cada vez mais escuro,
quando vorazes as bestas corriam na minha intenção
amolecidas mãos estendidas mendicante que aturo;
negam-me tal sorrir à vista d’estrelas na imensidão.

Sulcos quais jamais navegarei vez outra sinto agora,
ao néscio cada vez mais fundo num mundo estreito;
tolo não se queixaria acatando compaixão d’outrora,
mas, insisto para não altercar, não seria escorreito.

Súbito, que se permitam presto que aquelas raízes,
esteio que prostra cingindo vil elo sejam arrancadas,
quais obrigam ao genefluxo pisar frente às nutrizes.

Não acachaparão submetendo-me às campas rasas,
depois que ao anelo tão caro foram fainas devotadas
não honrarei lidas qual aos cravos nas raias das asas.


 
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ReflexoContrito
 
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