Marina
Tão linda e pura
Jovem e virgem
Menina doce
Que vive num castelo de algodão
Com seus cabelos loiros e pele clara
Mente tão sagrada
Ainda não descobriu a insanidade da vida
Com seu lindo vestido de cetim
A sapatilha abriga pés que por quase nada andaram
Menina pura
Se eu pudesse lhe manteria assim
Você jamais descobriria as maldades dessa vida
Menina doce, menina meiga
Seus olhos ingênuos exploram a multidão
Tão doce como açúcar
Mais pura que água cristalina
Seus longos cabelos loiros
Me recordam de uma época
Que a muito o tempo já levou
Menina doce, menina pura
Se eu pudesse lhe colocaria em uma bolha de vidro
Mas meu bem
Todas as borboletas devem aprender a voar.
Thábata Piccolo
Curitiba, Primavera 2015