Ironia
Há tanta amargura nestas ironias
E que força tem este desalento
É a densidade de uma alma fria
Ouçam cantos do desencantamento
Como é frágil este conhecimento
De achar que se é o bem e o mal
E de sentir que tudo sabe e pode
Esquecendo-se que tudo é mortal
Como é fácil ser como as nuvens
Quanta pobre e simples hipocrisia
Procura-se a razão nesta ironia
Só encontra pensamentos podres,
E a alma vazia
No vai e vem das ondas as palavras nadam
Entre alegres, tristes, doces e amargas
Parecia sem importância, um quase nada
Era apenas um louco mar de palavras
Que mansa e suavemente se juntavam
Como caravanas nesta triste estrada.
Alexandre