Sonetos : 

Jaz

 
Se descaso meu ser, num canto
Ainda que taciturno, não me deixas
Fico cá, quieto com minhas queixas
A lembrar-mos, só, num pranto

Se me inquieto, és chaga que não sana
Apaziguando-me tu poisas e machucas
E se faz presente, em palavras mudas
Que me doem a alma, que de ti engana

Por vezes não me esqueço, maldita!
Noite em que me fostes um bem
Devaneio doce que me habitava

Emperdeniu-se em ti a quiça
Dilacerou-me na linha o trem
Jaz aqui, o ser que em ti amava




"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."

 
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Junior A.
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Enviado por Tópico
Paloma Stella
Publicado: 03/01/2007 19:14  Atualizado: 03/01/2007 19:14
Colaborador
Usuário desde: 23/07/2006
Localidade: Barueri - SP
Mensagens: 3514
 Re: Jaz
Belo Soneto!
Um amor que permanece após morrer. OU talvez aquele amor que morre e que deixa vestígios.

Gostei.


Beijinhos

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/03/2011 23:18  Atualizado: 09/03/2011 23:18
 Re: Jaz
Adorei seu poema, muito lindo! parabéns


Abraço
Jorge