Um poema de Miqué Di L'Atrólloggus
Enquanto eu andarilho
no mundo me comportei,
como peregrino na senda
buscando o santo graal,
dormias contemplativa
mesmo sabendo desde o início
que não deveria esperar
por anos melhores, nem milagres
Vendo nos bordeis
apenas as prostitutas
dançarem
não poderia mais
esperar tanto
como estúpido
no mundo
...
[não
encontrando
o
par.].
.
.
.
Talvez pudéssemos uma vez,
outra vez, mais uma vez ,
abrir os olhos dos anjos,
viver como nos contos de fadas,
mas estava distraído
quando a sorte apareceu.
Sei que fui um tolo
sujeito ainda ao mal maior.
.
.
.
...
[Então,
agora,
limpe-me
orgulhosa
de um floco
de neve
meio à nevasca
cruel,
sempre saberei
que posso
usar meu coração.].
.
.
.
Sempre andarilho,
peregrino de templos pagãos,
poli as pedras dos átrios espúrios
com sandálias de arrogância.
.
.
[Sempre
confiei que
ao longo
da vida,
preocupação
haveria
de existir,
alguma agitação,
sem reclamar
da dor
da solidão]
.
.
.
.
sem ter que chorar ou dizer em voz alta,
parecer frágil diante das pessoas,
para obter ou esperar benesses.
Jamais sentirei o que você não tem.