O amor não é coisa de uma noite
que se faça por aí em muitos leitos
não é chama que se aninhe ou que se acoite
como as roupas que trajámos sobre o peito!
Quando a ânsia de possuir vem e nos invade
algo de insensato nos desvia do caminho da razão
talvez seja só o insano murmúrio da carne
que nunca conheceu o bater do coração!
E há feridas que se abrem nos olhos de quem tocámos,
dores que se aninham, filhas inssurectas de promessas
que fizemos, nos braços de com quem nos deleitámos!
E o que fizemos do amor?! Foi amor ou sedução?!
E a sedução?! Dela alguma vez se fez amor?!
E porque não?! Se ambas tem entre si como juiz o coração!...
Richard Mary Bay
"o Último Romântico"