" Era de noite - dormias,
Do sonho nas melodias,
Ao frescor da viração;
Embalada na falua,
Ao frio clarão da lua,
Ao ais do meu coração!" (Álvares de Azevedo)
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Teu coração em meu mar dos olhos...
Navega calmo e sensibilíssimo!
Como se o clarão da lua, em uníssono,
Quedasse ante a luz onde te imploro...
Que me vista com seus versos sob a lua!
Na falua que passeia ao infinito...
Nas meninas dos meus olhos, teu abrigo
Nesse gozo de latência que flutua...
O frescor que envolve os versos mais perenes,
E meu mundo há de tornar-se mais solene
Se trouxeres aos meus braços forte ardor!
Sob o céu, teores "ais" em tom contínuo
Os meus olhos resplandecerão de brilho
Refletidos, sob as chamas desse amor!
(Ledalge,2006)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)