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SAARA - soneto segundo

 
Tags:  SONETOS 2011  
 
II

O problema sou eu, apenas eu.
Não fosse por mim, mil e uma delícias:
Desde antigas maravilhas egípcias
Ao siroco do extremo-árido seu.

Mas o deserto sempre pareceu
A mim, vazio e inóspito... Fictícias
Soavam suas histórias e primícias,
Que nada me farão senão sandeu!

Outros conseguirão achar, decerto,
Seus oásis, com bons mapas e astrolábios,
Para se atravessar todo o deserto.

Eu, porém, fracassei onde os mais sábios
Desistiram... E, secos os meus lábios,
Vejo o deserto ainda mais deserto.

* * *


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
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