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Poemas : 

Balada da escuridão que rasteja

 
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... a escuridão da noite rasteja,
acenos infelizes pode atrair...”
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- Balada da escuridão que rasteja -




A escuridão da noite rasteja,
acenos infelizes pode atrair,
alimentando sonhos ruins.
Armadilhas escusas na névoa,
aleivosias atrozes escondem,
aos acenos da cabeça cansada,
abatida demais para reagir.
ante tanta iniquidade sem par.

A fúria dos desejos da noite,
acorda a lua cheia sobre o prado.
À luz do luar o rosto pálido,
acusa o desalento da alma vazia,
amordaça a voz apaixonada;
anula o eco das trombetas,
arautos de possíveis alvíssaras
além do pôr do sol agora desfeitas.

Acesas foram as mágoas antigas,
atraindo também lágrimas eternas,
altas as gargalhadas da noite
através da neblina longe ressoam.
Ansiedade incompreensível,
aponta para aterradoras visões
atraiçoando esperança e sonhos
aventurando-se em ares patéticos.

Arriado das belas palavras e letras,
ausentes suaves músicas para cantar,
apenas resta ouvir o vento taciturno,
acobertado por flores num caixão.


 01052016
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©LuizMorais. Todos os direitos reservados ao autor. É vedada a copia, exibição, distribuição, criação de textos derivados contendo a ideia, bem como fazer uso comercial ou não desta obra, de partes dela ou da ideia contida, sem a devida permissão do autor.




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" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."




 
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LuizMorais
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Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 02/05/2016 22:12  Atualizado: 02/05/2016 22:12
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4047
 Re: Balada da escuridão que rasteja
A noite é, para muitos, um mistério em que a mente pode deambular por caminhos incertos...

Gostei muito do que li!


Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 03/05/2016 15:00  Atualizado: 03/05/2016 15:13
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8483
 Re: Balada da escuridão que rasteja
O escuro da noite que era o momento da meditação de almas justas se transformou no manto das ideias malignas, que poluem o sossegado viver com a maldade.

Gostei do poema, parabéns.

Abraço!
upanhaca

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