Quando passo entre as gentes
essa gente que não sente
quanto dói meu coração;
sinto o peso do Passado
como alguém que é exilado
no silencio em solidão.
Quando passo entre as gentes
sinto em mim que novamente
me condenam sem ter fim;
eu sou eu e hei-de ser
nunca me vão entender
por ser eu por ser assim.
Não é fácil ser quem sou
eu nem sei porque me dou
a quem tão perto não me sente;
visto a cor da solidão
como a dor de uma prisão
quando passo entre as gentes.
Ricardo Maria Louro
Ricardo Maria Louro