Tua flor exala um cheiro que denuncia o teu viço,
E por tanto me atiça a querer chegar primeiro,
Nesta fonte genuína que sucumbe a minha sina,
De não poder te tocar, porque te dizes donzela,
E o que a natureza sela não se corrompe sem causa,
Para usufruir da fonte é preciso que decante,
O contrato nupcial junto doutro documento,
Que te dê os elementos de sustentáculos da vida,
Garantido a estadia que te proteja noites e dias,
Dos afrontas desta vida sendo assim ó minha estrela,
Fico feliz por te ver e me sentir atraído,
Pelo teu corpo afilado por muitos homens desejado,
Mas no momento restrito, só quem puder te bancar,
Vai poder experimentar do teu querer preservado,
Vou lutar pelo progresso para ser teu réu confesso,
E podermos nos casarmos.
Tens te escondido do mundo, mas nada é para sempre,
O casulo te protege, mas tem o seu tempo útil,
E então quando este decidir que terás de eclodir,
Para viver noutra senda sem alimento umbilical,
E mesmo com amor fraternal terás de ser pro ativa,
Ganhando assim o teu sustento prezando a cada elemento,
Que possa te auxiliar, pois no mundo exterior quanto maior,
O desamor mais teremos de penar, sermos corteses e sensatos,
contornando aos desacatos que nos façam por ventura,
Dando luz à escuridão enobrecendo aos corações,
Das improváveis criaturas, pois condenar todos sabem,
Mais isto não nos faz vivos, somente o amor pondera,
E constrói a atmosfera que nos tira da clausura.
Enviado por Miguel Jacó em 29/04/2016
Código do texto: T5620177
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Miguel Jacó