CELERIDADE
(Jairo Nunes Bezerra)
Da velocidade do tempo afasto-me rapidamente,
Sempre, para mudanças radicais, busco refúgio...
Pequenos são os meus passos intermitentes,
Mas persistentes seguem sem subterfúgios!
E o tempo indiferente a tudo segue na sua rotina,
Envelhecendo os que convivem com a anorexia...
Do firmamento luzes ofuscam a minha retina,
Estrelas abrigadas pela minha solidão me asfixia!
Nuvens múltiplas, enegrecidas, bailam no espaço,
Indiferente, olho-as com descasos,
E alimento a esperança de ter-te nos meus braços,
Mas tu eterna deusa que bailas no meu consciente,
Segues por nova estrada sempre em frente
Sem sequer receber os meus ternos abraços!