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... Ao ver-te tão linda assim, uma princesa
como numa tela que pintou Villaespeza ...”
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-Balada da visitação derradeira -
Ao ver-te tão linda assim, uma princesa
como numa tela que pintou Villaespeza,
sinto agora não poder teu corpo enlaçar,
e nem ternamente outra vez te beijar,
como aconteceu naquela primeira vez,
encantando-me com tua beleza e altivez.
Sinto nesses teus olhos em movimento,
que esperavas tardio arrependimento.
Ajaezada nesse alvo vestido e grinalda,
o colo ornas com o camafeu de esmeralda.
e ainda usas o mesmo bracelete doirado,
que te ofertei no dia no nosso noivado.
Teus lábios quentes ainda tão sedutores
as mãozinhas delgadas carregando flores,
teus suaves toques, tão linda aparência,
teriam o mistério da minha reverência.
Tanta elevação havia nas juras no passado.
“- Mas... perdoa-me então por jazer deitado,
quero que saibas que não é por grosseria,
porquanto consciente, jamais te afrontaria.”.
Como vês, é ora em meu caixão já prostrado,
que recebo tua visita derradeira extasiado,
com um buquê de flores nas mãos, tão linda,
no rosto tímido sorriso de meiguice infinda.
E foi trêmula que tua voz ecoou no luto:
“- Vejas nestas flores meu final tributo,
já que não me quiseste e tudo se acabou,
leva com elas o amor que em mim restou!”.
23042016
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" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
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