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frágil marulhar das manhãs
quando te procuro na vertigem do ar
abrindo
uma janela a norte.
neste salto brusco
fixando as nossas vozes como estranhos sussurros
enxugam-se contornos
antes água viva
onde pernoitávamos
saciando urgências na nascente deste sangue
que a nudez do vidro refletia.
não entendo qualquer esquecimento
como se o adeus resistisse
lá fora
as pessoas cruzam-se
não olham o céu
onde nuvens sobre nuvens
escondem este espanto
dos dias
intermináveis.
houvesse sempre
esta luz desordenada.
(Ricardo Pocinho – O Transversal)
… tempos entre o céu o inverno o inferno