Poemas : 

Exercício nº 17 - Na poesia terei arrimo, asilado em seguro cais. ( duas variações sobre o mesmo tema )

 
...Contra o sopro denso que emana dos abissais,
na poesia terei arrimo asilado em seguro cais...”

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- Exercício nº 17 - Na poesia terei arrimo, asilado em seguro cais.
( duas variações sobre o mesmo tema )
-








I

Vezes há em que sinto plena a ignescência,
da chama sagrada de mais pura inspiração,
mas o cerne do poema cede ante a turbulência,
rui destruído restando nos lábios a maldição.

Na mente a ebulição de lava vertida do vulcão,
contra o sopro denso que emana dos abissais,
dentro de mim queimam em ondas colossais,
buscando no infinito um caminho da expiação.

Vejo a vida em frente de mim com impaciência,
ante dúvidas, retroceder até a inanição, jamais,
como a procela no vasto oceano a advertência.

Sobre as ondas me deslocando até à exaustão,
a poesia será o arrimo, e asilado em seguro cais,
rejeitar a incoerência, tomar o fio da exatidão.


II.

Vezes há em que sinto plena a ignescência,
das chamas sagradas da mais pura inspiração.
Mas, se o cerne do poema cede à turbulência,
rui destruído restando nos lábios a maldição,
contra o sopro denso que emana dos abissais,
na poesia terei arrimo, asilado em seguro cais.
Na mente a ebulição de lava vertida do vulcão,
das chamas sagradas da mais pura inspiração.

Dentro de mim queimam em ondas colossais,
buscando no infinito um caminho da expiação,
na poesia terei arrimo, asilado em seguro cais,
para recusar a incoerência, tomar o fio da exatidão.
Vejo a vida em frente de mim com impaciência,
na mente a ebulição da lava vertida do vulcão,
como a procela no vasto oceano, a advertência,
e cheio de dúvidas, retroceder até a inanição.

Contra o sopro denso que emana dos abissais,
na poesia terei arrimo asilado em seguro cais,
sobre as ondas me deslocando até à exaustão,
contra o sopro denso que emana dos abissais.
Dentro de mim queimam em ondas colossais,
as chamas sagradas da mais pura inspiração,
na poesia terei arrimo asilado em seguro cais,
a rejeitar a incoerência, tomar o fio da exatidão.

Ante dúvidas, retroceder até a inanição, jamais,
se dentro de mim queimam em ondas colossais,
contra o sopro denso que emana dos abissais,
na poesia terei arrimo, asilado em seguro cais.


22042016
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" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."




 
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LuizMorais
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/05/2016 10:08  Atualizado: 06/05/2016 10:08
 Re: Exercício nº 17 - Na poesia terei arrimo, asilado em ...
Belo exercício. Não fácil de acompanhar, mas que vale a pena levar até final, onde parece surgir uma última hesitação, talvez até contradição, qurm sabe fruto da exaustão que se derrama ao longo do poema.

Abraço